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Nova variante, baixa vacinação e aumento de casos: nosso alerta ao Ministério da Saúde

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O monitoramento semanal do InfoGripe aponta um cenário que merece atenção: a positividade para COVID-19 voltou a crescer. Foram 3.287 novos casos na última semana, segundo os dados do último Infogripe, divulgado em 18 de setembro, marcando seis semanas consecutivas de alta. No acumulado de 2025, o Brasil já soma 288 mil casos notificados.


Embora a COVID-19 represente cerca de 15% dos casos de vírus respiratórios, ela responde por 34% das mortes, consolidando-se como um dos vírus mais letais em circulação. A situação se agrava com a confirmação, pela Fiocruz, da circulação da variante recombinante XFG , popularmente chamada de “Frankenstein”, no Rio de Janeiro. Essa variante consegue escapar parcialmente da imunidade, mas não há evidência de que seja mais letal. As vacinas continuam eficazes para reduzir casos graves e óbitos, mas o problema é a baixa cobertura vacinal, especialmente entre os grupos prioritários.


Na prática, o resultado já aparece: surtos em escolas e hospitais, sobrecarga dos serviços de saúde e afastamento de profissionais. A equação é conhecida: menos vacinação significa mais risco, mais internações, mais mortes.


Diante desse cenário, em 11 de setembro de 2025, a Associação Vida e Justiça protocolou o Ofício nº 057/2025 ao Ministério da Saúde, solicitando:

  • Reforço da vigilância epidemiológica, com foco nos estados que concentram mais casos e internações;

  • Ampliação da oferta e do acesso à vacinação, com logística eficiente e campanhas de informação para ampliar a cobertura, sobretudo entre populações de maior risco;

  • Integração das estratégias de monitoramento e prevenção com estados e municípios, garantindo resposta rápida frente ao avanço da doença.


Para a Associação Vida e Justiça, o recado é claro: não basta acompanhar os números em relatórios. A alta de casos e a circulação da nova variante expõem não apenas a fragilidade da cobertura vacinal, mas também a urgência de políticas públicas consistentes. É preciso garantir vacinas disponíveis, informação de qualidade e um SUS fortalecido para proteger a vida de todos.


 
 
 

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