Centro Cultural Pedro Eugênio: memória, legado e luta por justiça
- Mariana Duarte Cruz
- 4 de nov.
- 2 min de leitura
Em meio às mais de 700 mil vidas interrompidas pela pandemia de Covid-19 no Brasil, reforçamos sempre que cada uma delas foi muito mais que um número. Eram projetos, afetos, lutas, sonhos. Por isso, a importância da memória, pelo reconhecimento de todos que se foram e pela continuidade do que deixam de mais valioso: suas vozes, suas histórias e suas lutas. A memória é também política, porque lembrar é uma forma de continuar lutando.
Entre essas histórias está a de Pedro Eugênio Beneduzzi Leite, vítima da Covid-19 em março de 2021. Sua partida não silenciou o legado que deixou; ao contrário, ampliou a responsabilidade coletiva de mantê-lo vivo.

Quem foi Pedro Eugênio
Jornalista por formação e lutador social por vocação, Pedro Eugênio ingressou na Caixa Econômica Federal em 1982 e dedicou sua trajetória à defesa da democracia, dos direitos trabalhistas e da Caixa pública como patrimônio social do país. Foi presidente da APCEF/PR, integrou a coordenação nacional em defesa da Caixa, atuou por mais de uma década na FENAE e a presidiu entre 2008 e 2014, liderando avanços institucionais e políticos em defesa da categoria.
A inauguração do Centro Cultural Pedro Eugênio, no próximo dia 8 de novembro de 2025, marca a continuidade desse legado, transformando o antigo espaço da APCEF/RJ em Jacarepaguá em um local de memória, cultura e encontro coletivo.

Ressignificar a perda, reconstruir a luta
Para a Associação Vida e Justiça, essa atividade representa mais do que a continuidade do legado de Pedro Eugênio: é também a oportunidade de homenagear sua esposa e parceira de vida, Isabel Gomes, nossa coordenadora executiva no Distrito Federal. Isabel transformou o luto, a perda e a saudade em força para atuar na luta democrática, na defesa da memória e dos direitos das vítimas da Covid-19 e na promoção de justiça social.
A força de Isabel representa um dos pilares da nossa associação: a certeza de que afeto e indignação podem se transformar em mobilização social, políticas públicas, exigência de justiça e reparação.
Convidamos familiares, trabalhadores da Caixa, organizações parceiras e todas as pessoas comprometidas com a memória, a justiça e a democracia a estarem presentes nesta inauguração, que não celebra apenas um espaço físico, mas a permanência de um legado coletivo.
Referências para informações sobre a trajetória profissional de Pedro Eugênio:




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