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A reconstrução passa pelas mulheres: Vida e Justiça participa da posse da nova Ministra das Mulheres


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Na manhã seguinte aos ataques misóginos sofridos por Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente, no Senado Federal, a posse da nova Ministra das Mulheres, Márcia Lopes, assumiu contornos ainda mais significativos. Em um país onde o espaço político continua sendo palco de violências de gênero, raciais e territoriais, a cerimônia foi, ao mesmo tempo, um ato institucional e simbólico: um chamado à resistência, à reconstrução e à valorização da democracia com a centralidade das mulheres.


Realizada nesta terça-feira, 28 de maio, no Teatro da Caixa, em Brasília, a cerimônia foi marcada por fortes declarações de apoio a Marina. As Ministras Gleisi Hoffman e Márcia Lopes, e a ex-ministra Cida Gonçalves, denunciaram o episódio como inaceitável, reafirmando que a política brasileira precisa urgentemente superar o machismo estrutural que insiste em deslegitimar a presença e a voz das mulheres. O Ministério das Mulheres, que durante o governo Bolsonaro foi rebaixado a uma secretaria e teve políticas esvaziadas, reforça agora a cada ano seu protagonismo, reafirmando compromissos históricos com a equidade, a saúde e os direitos das mulheres.


A Associação Vida e Justiça esteve presente, representada por sua Secretária-Geral, Isabel Gomes, e pela Coordenadora Jurídica, Bruna Morato. Para Isabel, um dos pontos mais relevantes do discurso da nova ministra foi o compromisso com a participação popular como eixo estruturante da política feminista. "O controle social será ampliado e fortalecido. Precisamos das mulheres nos conselhos, nos fóruns, nas instâncias deliberativas. A democracia só se sustenta com a participação ativa do povo", afirmou Márcia em sua fala. Para os movimentos sociais, essa sinalização abre caminhos para ampliar o diálogo entre sociedade civil e governo, especialmente no campo das políticas públicas com perspectiva de gênero.


Já a Coordenadora Jurídica Bruna Morato destacou a importância da continuidade e ampliação de políticas públicas voltadas à saúde das mulheres — pauta que dialoga diretamente com as frentes de atuação da Vida e Justiça. O Ministério das Mulheres abriga uma secretaria específica voltada à saúde da mulher, que pode ter papel estratégico em ações integradas com outras pastas. "É nesse espaço que também se pode avançar na atenção às vítimas da Covid-19 e às milhares de crianças que ficaram órfãs, temas centrais da nossa atuação", afirmou Bruna.


Além de apontar caminhos para o futuro, a posse também foi marcada por reconhecimento: o trabalho conduzido por Cida Gonçalves ao longo dos últimos dois anos e meio foi amplamente elogiado, marcando uma transição pacífica e respeitosa. A chegada de Márcia Lopes, que já ocupou a pasta de Desenvolvimento Social no governo Lula, carrega a experiência e a escuta como marcas de sua trajetória — elementos essenciais para o fortalecimento da agenda de gênero em tempos tão desafiadores.


A Associação Vida e Justiça reafirma seu compromisso com a construção de políticas públicas que enfrentem as desigualdades de forma interseccional, com participação social, escuta ativa e diálogo entre territórios, corpos e experiências. Seguiremos ao lado de quem constrói, com coragem e sensibilidade, um país onde todas as mulheres tenham o direito de existir, decidir e viver com dignidade.


Confira mais registros em nosso Instagram: @vidaejustica.oficial


 
 
 

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